Transição

Estamos a chegar ao final do prazo limite dado às empresas certificadas pelas normas ISO 9001: 2008 e ISO 14001: 2012 para realizar a transição para as versões de 2015, que como devem saber acaba a 15 de setembro de 2018.

Como auditor, consultor e formador, recebo alguns SOS de empresas que ainda não fizeram nada.

Há várias razões uma pode ser deixar cair a certificação porque não está a ter o retorno dos clientes ou partes interessadas que pensei que teria. Esta resposta não é seguramente a resposta mais adequada porque hoje em dia estar certificado é uma condição exigida pelo mercado. Assim mais cedo ou mais tarde vai necessitar de se certificar e o mais importante é que estes referenciais estão mais alinhados com a estratégia do negócio, pelo que vão com certeza acrescentar mais valias.

Outra razão é porque ainda tenho faltam alguns meses, ainda tenho tempo, as alterações são simples …

Adiar os problemas até ao limite é uma característica muito comum nas nossas empresas, assim como pensarem que que são coisas simples, sem conhecer a informação na sua totalidade e que ainda têm tempo.

O que pode acontecer é ficar com o certificado suspenso, ter custos mais altos na transição e precipitar as ações necessárias para a transição.

As normas são muito abertas e não vinculam as empresas a soluções únicas para demostrar o cumprimento com os requisitos, nem um conjunto de procedimentos de caráter obrigatório como nas versões anteriores. No entanto, exigem trabalho e sobre tudo uma mudança cultural nas empresas, pois as normas são uma parte da gestão do negócio. Todo o sistema deve estar baseado na compreensão do contexto em que se integra a organização. Quais são os fatores internos e externos e como podem afetar, positivamente ou negativamente a empresa, contribuindo para que se tomem as melhores decisões sobre a estratégia e assim obter os melhores resultados. Também é fundamental identificar e rever os requisitos, as necessidades e expectativas das partes interessadas.

Esta norma é muito mais exigente sobre o compromisso e a responsabilidade da gestão de topo e por isso tem de ser abordada a esse nível. Não basta trabalhar exclusivamente com o responsável do sistema de gestão, como se fazia no passado em algumas das empresas certificadas.

Outra nota, que não é possível deixar passar, é a identificação de riscos e oportunidades que decorrem do contexto interno e externo e da identificação dos requisitos, necessidades e expectativas de partes interessadas, incluindo os legais, e os que levam à melhoria da satisfação dos clientes, e para a ISO 14001, também os que contribuem para a proteção do meio ambiente e melhoria do desempenho.

Todos estes passos e outros vão ser necessários para a transição assim como realizar uma auditoria e a revisão pela gestão de acordo com os novos referenciais ISO 9001:2015 e ISO 14001:2015.

Estamos disponíveis para ajudar as organizações a fazer a transição.

Consulte-nos.