Estamos à espera de conhecer melhor que passos deveremos dar para conseguir cumprir com os requisitos da norma NP EN ISO 50001:2018.

Antes de referir algumas notas sobre este assunto devo referir que já no anterior referencial as organizações nem sempre perceberam qual o objectivo de alguns requisitos.

IDE Indicadores de desempenho energético

Um dos pontos críticos está na definição do Indicadores de desempenho energético (IDE). A norma na avaliação energética refere que devemos identificar as variáveis relevantes. Este trabalho, no levantamento inicial, é crucial pois se não for corretamente realizado iremos andar a vida toda com resultados aleatórios. Ao identificar as variáveis devemos monitorizá-las e então de acordo com as correlações das grandezas de medida é que vamos definir os IDE’s. A correlação deve ser o mais forte possível e só devem considerar acima de 0,85. Podemos definir IDE com mais de 2 variáveis por exemplo com três (kWh/m3/ºC) ou ir até modelos matemáticos onde teremos todas as avariáveis na formula a assim qualquer ajuste a uma delas o consumo terá a sua correlação.

Devemos ter especial atenção com os indicadores de desempenho energético, pois eles servem para mostrar melhorias no nosso sistema de gestão de energia.

CER – Consumo Energético de Referencia

Consumo energético de referencia (CER) – um dos erros mais comuns tentar definir a empresa num ou dois CER. Pois é, se conseguíssemos era mais fácil, mas na maior parte das vezes não é possível. Devemos ter diversos CER como por exemplo um para a parte administrativa ou para o processo ou produto 1 ou por exemplo se houver sazonalidades na produção ou no produto devemos ter um para cada.

Definição de objetivos

Outra situação que acontece muitas das vezes, é na definição dos objetivos, as organizações definem um número “redondo”. Devem ter em consideração que poupanças vão obter com as ações de melhoria. Quando chega a hora de definir objetivos, estes, só devem ser validados após serem definidas ações que realmente diminuam o consumo. Por exemplo, isolar uma caldeira, válvulas, etc que pode significar uma poupança de 100 kW. Esta medida no total do consumo global pesa por exemplo 2,3 % e este será o valor a colocar no objetivo para a produção de vapor. Não devemos cair na tentação de colocar nos objetivos a redução de 5 % do consumo das caldeiras pois este valor pelas contas realizadas nunca acontecerá.

Mais à frente iniciarei um guia interpretativo sobre os requisitos mas entretanto se quiserem esclarecer alguma questão por favor entrem em contato.